Montei guarda na árvore depois que ouvi no noticiário que a situação está descontrolada, ainda bem que aprendi a atirar, entretanto não usarei a arma enquanto não for de extrema necessidade.
Meu pai desesperou-se quando soube que não poderemos comprar mantimentos, se quisermos algo teremos que saquear e o Daniel continua com a idéia fixa de buscar mais munições, eu estou quase certa de que não sairemos todos vivos disso. Minha mãe, minha vó, a Rosana e a Luciana, esposa do Daniel fizeram uma lista dos mantimentos, temos o suficiente para um mês, se fizermos racionamento conseguimos sobreviver um pouco mais, meu tio e meu irmão querem pegar o carro e sair em busca de comida num mercado a 5 quadras de casa, aconselho a não fazerem isso amanhã, quando o caos será imenso.
Entretanto enfrentamos um dilema: as pessoas podem saquear antes e não deixar nada para nós, ou vamos na frente e encontramos bandos de zumbis...será necessário correr esse risco? Eu não sei, ainda prefiro que todos fiquem juntos e seguros, por esses portões de ferro ninguém passa, pulando o muro? Impossível, não daremos nas vistas de ninguém, até porque não há viva alma nas ruas, onde estarão todos? Bem, eu gostaria de subir até o telhado para ver se enxergo além dessa arvore, mas poderia ser vista por alguém, aqui é mais seguro...amanhã será um dia longo, não sei se desejo ver um zumbi, talvez esteja aqui na árvore morrendo de vontade de observar uma dessas criaturas, por enquanto não é nada muito real, talvez eu precise levar uma mordida para me certificar de que não estou dormindo.
Alinny Karen Bachi Rehbein
Campo Grande - MS, meia-noite do dia 17 de julho de 2009
sábado, 18 de julho de 2009
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Alinny Karen Bachi Rehbein
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