Não preguei o olho a noite toda, as crianças acordaram cedo, sem entender direito o que estava acontecendo, eles estão confusos depois do que escutaram durante a noite. Na madrugada, estávamos sentados sem sono, levantando hipóteses e fazendo planos quando de repente ouvimos um barulho estranho lá fora.
Meu pai levantou-se e pegou alguns dos cartuchos da espingarda, por sorte ainda tínhamos uns cem, se preparou enquanto Daniel e meu tio pegavam as outras armas e carregavam. Minha mãe, a Luciana e minha tia-avó foram até o quarto das crianças e ficaram montando guarda, enquanto eu e minha avó fomos para o outro quarto, junto com os velhos. O seu Manuel ficou no corredor com outra arma carregada.
Após alguns minutos, ouvimos um tiro e um grito que se assemelhava a um animal ferido, não, não era o grito de um animal, era um demônio, as crianças acordaram assustadas, chorando muito, enquanto tentávamos consolá-las e fazerem com que se aquietassem e nao chamassem a atenção para onde estávamos. O outro barulho ouvido foi o de uma batida no portão de ferro e mais grunidos esquisitos, eu tive muita vontade de ir ver o que estava acontecendo mas alguma coisa me segurava dentro daquele quarto, era o pavor.
De repente ouve-se outro tiro e outro grito horripilante e me arrepio inteira, tudo o que eu mais desejo é sair dessa estória. Ninguém dormiu após esses acontecimentos, nem mesmo as crianças. Sinto pena delas, apesar de todos estarem confusos eu sei o que está acontecendo, nao importa como começou ou o que é, e sim que essas pessoas não são mais humanas e nós somos os alvos de seus ataques ferozes.
Alinny Karen Bachi Rehbein
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