Campo Grande - MS, aproximadamente 16:15h do dia 23 de julho de 2009

..Logo após deixar a criatura desorientada no meio da rua, fui seguindo com o carro em direção à avenida Bandeirantes e ao chegar lá, haviam mais deles. A príncipio eles se encontravam parados na rua, como se olhassem o vácuo, até avistarem meu carro chegando..

O primeiro a me avistar foi uma mulher, que aparentava pesar uns oitenta quilos para mais, porém, quando viu um possível alvo, no caso eu e minha família, correu desembestada em nossa direção, atraindo a atenção dos outros três ao redor..

Mal me deu tempo de soltar um "puta merda" e as criaturas já haviam se jogado no capô do carro, soltando seus grunhidos tenebrosos e batendo com as mãos no parabrisas.. Eu não sabia se sentia medo ou raiva, mas fui capaz de freiar o veículo na mesma hora, arremessando os infelizes uns seis metros à frente.. Engatei a primeira marcha novamente e partir pela direita, contra-mão da avenida..

..Antes de chegar ao trevo, imaginei que pudesse ser mais sensato ir cortando por dentro do bairro até próximo ao ginásio, porém me toquei que a avenida, por ser mais larga, me proporcionaria vantagem na locomoção e segui adiante pela a mesma..

Quase chegando ao ginásio do Guanandizão, dava pra avistar uma figura em cima do grande telhado.. de repente uma questão me veio: "Como foi que aquele doido subiu lá??" O telhado é grande e redondo.. aparentemente pelo lado de fora não é possível avistar uma forma plausível de se subir.. mas enfim, ao nos aproximar ele olhou em nossa direção e começou a acenar frenéticamente apontando um dos portões..

.. Não havia sinal de alguma daquelas criaturas por perto e o portão estava trancado, até um indivíduo aparecer e o abrir, fechando logo em seguida que entramos.. Saí do carro e me apresentei para o rapaz, seu nome era Francisco, um rapaz de aproximadamente minha altura e aparentando ter entre trinta ou trinta e cinco anos.. Antes de pegar todas as coisas do carro, achei melhor entrar no ginásio para conhecer o resto dos sobreviventes.. Haviam no total sete pessoas no meio de uma quadra (mais o rapaz no telhado e o que abriu o portão), sentados em circulo, como se estivessem executando uma reunião de última hora..

...Continua...

Luiz Paulo M. de Souza

Campo Grande - MS, 23:18h do dia 9 de agosto de 2009

A situação encontra-se desesperadora, a comida ameaça acabar e uma nova (e arriscada) ida ao mercado torna-se necessária, esperamos ansiosamente que nasçam as plantas que começamos a cultivar no espaço de terra que dispomos, plantamos abobrinha, quiabo, tomate, pepino, mandioca, cenoura e couve, nossa sorte é que a casa ocupa somente um dos dois terrenos murados, e que há uma imensa mangueira carregada de flores, que dentro de poucas semanas começará a produzir frutos.

As plantas começaram a aparecer e a duas das nossas coelhas estao prenhas, logo teremos carne também. Meu tio insistentemente fala de irem novamente até o mercado ver se ainda resta alguns mantimentos, penso que seria uma empreitada suicida, já que as chances de terem sobreviventes ou uma horda de zumbis ocupando o local é enorme.

Durante esses dias, um desses monstros quase conseguiu entrar em casa, ele parecia ser um pouco mais inteligente do que esses idiotas q ficam rondando as casas e correndo logo que avistam algo ou aguém se mexendo, os telefones ficaram mudos a alguns dias, não tenho mais comunicação com meu namorado em Goiânia e isso me deixa apreensiva, será que ele estava trabalhando logo que começaram os ataques? Ele é farmacêutico num posto de saúde, as chances de estar infectado são enormes, e o meu medo era de que ele pegasse a gripe H1N1.

Durante a noite, ouvimos, vez ou outra, um portão sendo arrombado e gritos, sempre que isso ocorre, um suor gelado toma conta de todos, as crianças parecem perceber que a rotina delas mudou, talvez para sempre. O único barulho quase que constante vem dos gemidos horripilantes desses seres, mas a rua não parece tomada por esses monstros, eles parecem rumar para o centro da cidade e nós esperamos a hora certa de tentar escapar desse inferno.

Enquanto isso, nos apegamos as orações e preces, pedindo proteção a todos os que amamos, mesmo sabendo que a maioria pode estar na situação dos nossos "amigos" canibais.

Alinny Karen Bachi Rehbein

Campo Grande - MS, aproximadamente 15:00h do dia 23 de julho de 2009

O caderno no qual eu estava escrevendo os acontecimentos sumiu, então por enquanto, escreverei nesse rolo de papel higiênico mesmo... não entendo isso, mas não consigo pensar no fato de não registrar estes acontecimentos de alguma forma.. apesar de estar tremendo ainda, estou fazendo o máximo para continuar..

.. Quando contei à minha mãe sobre a transmissão no rádio, um sorriso de esperança surgiu em seu rosto.. imediatamente começamos a juntar as coisas e guardar em algumas caixas que estavam amontoadas numa prateleira.. organizamos uma boa quantidade de mantimentos também e fui em direção a porta..

..Agachado e caminhando silenciosamente, fui me aproximando como um felino se preparando para o ataque final, mas no caso, ataque era a última coisa que eu queria naquele momento.. cheguei pela lateral da porta de vidro, e com aquele espelho antes usado, comecei a verificar o lado de fora.. O carro continuava intacto e aparentemente sozinho.. olhei o máximo possível e não via uma alma viva, ou morta...

Com um certo receio, coloquei a cabeça no vidro para olhar melhor e realmente, não via nada aparentemente perigoso. Conclui que era agora ou nunca e abri a porta.. nesse momento, todos os meus sentidos estavam em alerta e a vontade de cravar um facão no peito de quem quer que estivesse ameaçando a vida da minha família, me veio a tona. Nada... ninguém... apenas um vento leve soprava e o mais absoluto silêncio reinava naquele posto.

fui até o carro e desativei o alarme, pra que?! Por que diabos eu tinha ativado o alarme antes? No momento em que o carro fez o seu *bip* *Bi* e as portas foram destravadas, ouvi um grunhido alto vindo de dentro de uma casa em frente ao posto, e logo em seguida, uma pessoa apareceu na porta da mesma.. mas não era uma pessoa comum e logo começou a ficar doida, tentando quebrar o vidro da porta que a mantinha presa ali.. chamei minha mãe gritando, sem ao menos pensar e ajudei ela a levar as coisas correndo para dentro do carro..entramos todos e dei partida.. por causa do desespero, nem percebi que o câmbio engatava a primeira marcha, então o carro deu um pulo e morreu..minha mãe começou a gritar para que eu ligasse logo, pois a criatura havia acabado de quebrar o vidro da porta e estava passando por ela..incrível como, apesar de estar se cortando toda, aquela besta só devia estar pensando(?!) em uma coisa, nos matar... Liguei o carro e sai o mais rápido que poude..

A criatura, que nessa hora já havia passado do portão, começou a correr atrás de nós.. e parecia muito determinada.. porém, algo me veio a cabeça e sem pensar, fiz o que jamais pensaria em fazer, coloquei a vida de todos em perigo.. freiei o veículo e engatei a ré.. pedi que se segurassem e comecei a avançar na direção do meu alvo..

Foi um impacto estranho.. atropelar alguém, ainda mais com o veículo em ré, não é como a gente imagina vendo na tv.. Você sente a batida, mas não apenas no aspecto físico, mas também no psicológico.. sua mente reproduz cada instante do corpo sendo lançado e na mesma hora, vêm a cabeça a lembrança de que aquele é, ou era, um ser humano..

Vi que a criatura se encontrava um tanto desorientada depois da queda e acelerei com toda velocidade..

Droga.. o rolo do papel acabou.. terei que encontrar outro...

Luiz Paulo M. de Souza

Manaus - AM, 22:25 do dia 20 de julho de 2009


Acho que subestimei a situação. O dia hoje amanheceu num clima estranho. Havia névoa no Monte das Oliveiras, como acontece de vez em quando. Aliás, antes era mais freqüente, quando ainda havia um pedacinho de mata onde hoje é a ocupação que os moradores apelidaram de Portelinha por causa de uma novela da globo. O fato é que daqui não enxergava nem o outro lado da rua direito, a névoa espessa misturada à poeira das ruas cobertas de barro faria qualquer um ter receio de se arriscar andando logo cedo. Mas o medo maior vem mesmo dessa epidemia misteriosa que transforma as pessoas em animais irracionais e canibais. Milênios de evolução da espécie humana se perdem após uma simples mordida de uma pessoa infectada.

Animais ou canibais, seja lá qual for o nome que se dá às pessoas infectadas, elas são assustadoras. Depois que a energia voltou, pudemos ver nos telejornais imagens aterradoras de pessoas ávidas por sangue ou carne humana. Quando ainda eram poucos, a polícia ainda conseguia contê-los e aprisioná-los. As câmeras focavam os rostos e os olhos incrivelmente inexpressivos daquelas criaturas que lembravam vagamente a figura de um ser humano. Pareciam aqueles endemoninhados dos filmes, só faltavam vomitar na cara das pessoas e falarem com aquela voz esquisita. Mas eles não falavam, eles no máximo emitiam alguns grunhidos, e pareciam ter perdido a coordenação, pois mesmo presos, ficavam agitados, como se estivessem tremendo.

***


Não consigo dormir mais que 4 horas por dia desde o dia 17, quando esse pesadelo teve início. Dia 18 nós saímos em busca de mantimentos e os comerciantes olhavam desconfiados para nós por detrás das grades que os assaltos constantes os obrigaram a colocar. Foi difícil encontrar um que nos deixasse entrar. Fomos eu, meu irmão e o Jorge no carro dele. Compramos muitos enlatados e alimentos não perecíveis. Foi estranho demais ver as ruas desertas, exceto por um carro ou outro passando a longos intervalos de tempo. Ainda bem que fomos cedo, pois às dez da manhã os jornais já mostravam o caos em São Paulo e os especialistas recomendavam estocar o máximo de alimentos possível e aguardar em lugares seguros. A procura foi grande e os comerciantes queriam guardar o que tinham para si; os mercados maiores fecharam as portas e ficou cada vez mais difícil encontrar alimentos para estoque.

Jorge foi se juntar à sua família depois de nos ajudar com os alimentos. Agradecemos a muito a sua ajuda e ele só aceitou ir depois que meu pai conseguiu fazer contato com os seus colegas da polícia – ele mesmo é um PM de licença médica.


Os PM's ficaram de vir nos pegar no dia seguinte. Nesse dia conseguimos relaxar um pouco, à noite. Resolvemos desligar a TV e conversar, contar histórias, tocar violão. Coisas que a família raramente faz fora dos dias em que falta energia elétrica. Mesmo assim, depois que deitamos, demorei a pregar os olhos.



Ontem os amigos do meu pai vieram em duas viaturas, cada uma com um motorista e dois soldados fortemente armados com metralhadoras e uma calibre doze. Decidimos ir para o meu apartamento que acabei de alugar no Eldorado. Eu gastei toda minha poupança e estourei meus cartões pra equipar o mais rápido possível o ap porque queria morar sozinho, mas, ironicamente, acabei tendo que trazer todos os familiares junto, por causa da segurança.



Os colegas do meu pai foram nos informando dos casos na cidade. O centro era o lugar menos seguro. Muitas pessoas que estavam no roadway do Porto de Manaus e na escadaria foram atacadas e a infecção se espalhou rápido. As ruas dos demais bairros estavam sendo rapidamente tomadas por esses seres animalizados. A polícia e o exército já havia recebido sinal verde para matar, pois as barreiras que foram feitas num primeiro momento pra tentar isolar os infectados, não estavam mais funcionando.



Quando estávamos passando pela Torquato Tapajós, vimos um acidente de carro. Os PM's pararam pra oferecer ajuda, mas quando viram dentro de um dos carros um "deles" mordendo os demais, atiraram com a calibre 12 em todos e voltaram para o carro, pedindo pra acelerar com tudo.



Hoje o dia foi tranquilo no aqui no apartamento. Os cadeados do portão de entrada, mais a porta de ferro e a porta de madeira nos dão uma sensação de segurança maior. Além disso, as janelas são gradeadas e o apartamento fica no alto.



Só fico aflito por causa dos mantimentos. Não sei quanto vai durar. E temo que em pouco tempo percamos a energia elétrica e a água... Melhor pensar no agora.



Ainda bem que posso escrever, pois é a única coisa que me dá alguma lucidez...

Campo Grande, 20:13h do dia 25 de Julho de 2009

Os dias e as noites são iguais, os monstros cercam a casa e só se ouve silencio e seus grunidos, nenhuma voz humana além da dos habitantes desse terreno.

Graças a Deus esses seres não escalam paredes, apesar de serem rapidos, não parecem ter inteligencia suficiente para isso, no máximo instintos primitivos de canibalismo. Me pergunto qual seria o motivo de quererem comer carne humana.

Os vizinhos são silenciosos, entretando, ha dois dias um bando deles conseguiu arrebentar um portão, ouvimos gritos e choro, tivemos medo, mas logo o silêncio reinou absoluto novamente, e eu sabia que nessa hora teríamos mais desses monstros na rua, ou pelo menos o que restou das vítimas do bando.

Uma coisa me consolava, eles NUNCA conseguiriam passar por esses muros, mas um dia teríamos que sair...

Campo Grande - MS, 16:10h do dia 20 de julho de 2009

Dois dias... dois malditos dias já se passaram e ainda estamos presos aqui.. ontem de manhã tive que percorrer a conveniências atrás de um banheiro.. com o facão na mão direita e a faca de cozinha na mão esquerda, segui pelo pequeno corredor que havia nos fundos do estabelecimento..

.. O corredor devia ter uns cinco metros apenas e no fundo haviam duas portas fechadas.. a da direita estava trancada e a da esquerda era o banheiro.. um banheiro simples, porém estava limpo.. A partir dai, trouxemos nossas coisas para o corredor e lá forramos o chão com um cobertor que minha mãe havia pego do carro.. por sorte havia também bastante garrafas de água mineral no freezer.. Fiquei com receio de tentar abrir aquela porta trancada e como estavamos bem ali, prefiri mante-lá assim.

Antes de dormir à noite, fiquei pensando o que poderia ter ocorrido com meus outros parentes e amigos.. aqui em Campo Grande não tenho muita família, porém, minha preocupação com eles também era grande..

.. Outra coisa estranha, era o fato de eu não ter visto mais nenhuma daquelas criaturas lá fora desde aquela vez.. uma hipótese que pensei é o fato de que, durante o ínicio do caos, muitas pessoas teriam tentado fugir para as saídas da cidade ou para lugares como a base aérea, o exército e o aeroporto, onde poderia haver mais proteção, fazendo com que aquelas criaturas os seguissem até la.. deixando lugares como este onde estou, vazios. Talvez o dono e os funcionários desta conveniências e do posto haviam partido, deixando a porta apenas encostada..

Nesse momento pensei em uma amiga que mora la perto.. ela vivia me dizendo, quando conversavamos sobre zumbis, que se um dia acontecesse, a casa dela era bem resistente e seu vizinho estava praticamente construindo uma "fortaleza".. isso me propiciou um pouco mais de alívio, pois pelo menos ela, eu sabia que estava bem.

.. Quando acordei hoje, dei uma volta de forma discreta pela conveniências e encontrei um pequeno rádio atrás de um armário.. liguei-o e tentei encontrar uma frequência funcionando.. fui passando até ouvir uma voz.."Estamos refugiados no Guanandizão e somos ao todo nove pessoas aqui.. trancamos todas as portas e temos bastante suprimentos e algumas armas.. se estiver ouvindo isso, venha até aqui.. um dos sobreviventes está no telhado observando o movimento.. por favor, venham se juntar a gente e traga mais mantimentos se possível.."..

O Guanandizão é uma quadra fechada de futsal e não estava longe daqui.. vi ali uma chance de deixar minha família em segurança.. chamei minha mãe e preparamos as coisas.. estou com medo de sair lá fora, mas é necessário.. então, se tudo der certo, logo voltarei a escrever..

Luiz Paulo M. de Souza

Campo Grande - MS, 20:36h do dia 20 de julho de 2009

Muitas coisas aconteceram desde que a infecção começou. Meus tios e meu irmão conseguiram voltar do mercado, gastaram 17 tiros da cartucheira e quase deixaram um desses monstros entrar em casa quando guardavam o carro.

O medo no rosto deles, assim que chegaram era aterrorizante. Disseram que quando avistaram o mercado a porta de ferro estava aberta como uma lata de sardinha e as comidas das prateleiras reviradas, no açougue, as carnes estavam azuladas e algumas apresentavam marcas de mordidas, havia sangue para todos os lados.

Eles disseram que não tiveram tempo de examinar muitas coisas, nem ver se haviam sobreviventes, abriram sacos pretos de lixo e começaram a colocar o que encontravam, nem sequer liam o que era, pegaram caixas de leite longa vida e latas de leite ninho para o bebê e as crianças pequenas, pegaram carne-seca, os legumes, verduras e frutas que ainda estavam bons e nesse desespero viram chegar do fundo do mercado um desses seres, que correu como um foguete para cima deles.

Mais do que rapidamente, meu irmão deu um tiro, a princípio nas pernas do monstro, mas ele não caiu, continuou a vir, então meu tio gritou: "mire na cabeça!" e foi o que meu irmão fez e deu fim no bicho, entretanto os tiros chamaram a atenção dos que estavam ao redor, a desgraça é que existe um condomínio, com prédios nas redondezas, e foi exatamente desses locais que começaram a aparecer os monstros, não demorou muito para que eles percebessem um portão aberto.

Meu tio disse que o grito que eles emitem quando enxergam uma presa, no caso nós, é horrível, e todos os outros respondem ao chamado.

Quase não deu tempo de entrarem no carro e um se jogou no capo, cospindo sangue em cima do pára-brisas, meu irmão ficou com tanto medo que não conseguia ligar o carro. Ele rodava a chave e nada, enquanto isso chegaram outros e começaram a arranhar os vidros e meu tio começou a gritar e ameaçou atirar, e foi exatamente o que ele fez, atirou em um, em dois, em um grupo, os anos de PE (Polícia do Exército) foram úteis, e quando um estava quase alcançando o braço do meu irmão pelo vidro quebrado, o carro voltou a funcionar e eles correram para casa.

Essa fuga não foi a melhor coisa, eles deveríam dar uma volta no quarteirão para despistá-los, mas o medo falou mais alto e eles foram seguidos até a nossa fortaleza.

Quando abrimos o portão para que entrasse o carro, um pulou em cima do capo e quase entrou junto, sorte que o seu Manuel, ex-militar aposentado, atirou e acertou o infeliz que caiu próximo ao muro, o carro entrou e fechamos o portão, não sem antes um susto de ver uma cara daquelas bem próxima ao meu rosto, quase me mordeu o desgraçado.

Meu corpo tremia todo, a adrenalina tomou conta de mim e eu fiquei em choque uns minutos, até voltar ao normal, é uma experiência que não desejo ter nunca mais, apesar de duvidar que não ocorra novamente.

Alinny Karen Bachi Rehbein