Campo Grande - MS, 17: 24h do dia 17 de julho de 2009


O bairro está silencioso, moro perto do aeroporto e se essa infecção tiver que começar será por aqui...a única coisa nas ruas são carros militares anunciando que o toque de recolher está decretando a partir das 18h e quem for pego na rua será encaminhado para a base aérea de Campo Grande.

Subo na árvore do quintal e não vejo nada além disso, me sinto segura com os militares pois eles possuem armas e pelo menos alertarão quando começarem a chegar as pessoas. Na TV regional falam que uma pessoa foi levada com uma espécie de "raiva" para o Hospital Rosa Pedrossian, fico tranquila pois o hospital é bem longe de casa, mas mesmo assim algo me diz que nem tudo está sob controle, vejo um certo medo nos olhos dos militares, como se eles tivessem visto de perto as imagens que vi pela TV.

Minha mãe e uma vizinha preparam a comida, meu pai espera que amanhã dê para ir ate um mercado comprar mais mantimentos, pois o número de pessoas é grande e temos um bebê conosco. Perdemos o contato com a minha avó em São Paulo, mas rezamos para que ela esteja bem, a TV mostra cenas chocantes nas diversas capitais do País, em Campo Grande não demorará para chegar, o aeroporto parece estar bem protegido, a cidade por si é uma base militar com aeronáutica e exército, mas são quase 800 mil hab espalhados por uma área imensa de 8.096,051 km², logo a situação que vejo na TV se reproduzirá por aqui.

Alinny Karen Bachi Rehbein

1 comentários:

  Unknown

27 de setembro de 2009 às 23:20

A preocupação está na passagem para o medo.
Tudo não está sobre o controle como se imagina.
Uma situação ambígua que está longe de se esclarecer..

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